Esta é uma tenra história de um pastor preocupado
com a sua ovelhinha. Pode ser usada no ensino do poder da oração, e dos
cuidados do Senhor, o nosso bom Pastor. Escrita por um amigo e irmão em Cristo, que conheço (eu, Taty Amaral) desde a minha infância, chamado José Ribamar dos Santos
Filho (maranhense) adaptada e desenhada por uma amiga virtual, Gabriela Pache de Fiúza.
Figura 1
Em uma pequena fazenda do nordeste brasileiro, um
caso real e inusitado, marcou para sempre a história de vida de uma ovelha e de
seu pastor.
Sapucaia, como é conhecida, é uma das muitas
fazendas que existem à margem de uma longa e movimentada rodovia que liga o
Estado do maranhão ao Estado do Pará.
Em uma majestosa manhã do inverno, Sapucaia foi
agraciada com o nascimento de Manchinha, uma pequena ovelha branca que tinha
uma mancha marrom no centro da testa. A bela Manchinha era tão diferente que seu
pastor, conhecido como Zé da bisnaga, decidiu por no seu pescoço um pequeno
sino amarrado em um laço vermelho.
Figura 2
Nos primeiros dias de vida parecia ir muito bem com
Manchinha até que o seu dono e pastor percebeu que sua querida ovelha tinha algum
problema, pois não estava apresentando a mesma condição física das outras
ovelhas do rebanho que nasceram na mesma época. O tempo passou, Zé da Bisnaga
percebia que Manchinha perdia peso assustadoramente, ficando tão magra que já
era possível notar as marcas de seus ossos da costela.
Diante daquele triste e terrível quadro, Zé da
bisnaga pensou em levar Manchinha para ser examinada por um veterinário que
atendia as fazendas da região. Depois de muito pensar, resolveu mudar de idéia
e decidiu continuar medicando a sua ovelha com os medicamentos que dispunha em
casa. Esperou por mais alguns dias, observando atentamente se os remédios que
dera para sua amada iriam gerar melhora na saúde de manchinha
Passados cinco dias após a ingestão dos
medicamentos, Manchinha não apresentou nenhuma melhora, pelo contrário, seu
estado se agravou mais ainda de maneira que sua fraqueza era tão progressiva
que já não podia se manter de pé. A situação era crítica, Manchinha estava
morrendo lenta e silenciosamente. Apesar de toda aquela terrível situação e,
percebendo que sua ovelhinha já não tinha força para resistir às próximas 48
horas, Zé da bisnaga não entrou em desespero.
Figura 3
O drama de Manchinha comovia a todos na pequena
Sapucaia. Ali, o olhar de todos estava sobre Zé da Bisnaga, o pastor. Naquela
noite, depois de esperar todos se recolherem aos seus quartos para dormir, Zé
da bisnaga se retirou da presença de todos e caminhou lentamente para a
estalagem onde manchinha travava sua luta pela vida.
Sozinho e sentindo uma profunda dor, Zé da Bisnaga
se agachou ao lado de sua querida ovelha. Levou horas olhando e passando a mão
em Manchinha, chorava baixinho e derramava lágrimas sobre sua cabeça. Em dado
momento tomou Manchinha em seus braços e, pondo-se de pé orou: Oh, Deus, não
posso perder Manchinha. Seu problema é desconhecido para mim, estou aflito e
angustiado. Socorre-nos, estamos no Vale da Sombra da Morte. Tem misericórdia,
mostre-me qual é a doença de manchinha e me orienta no que fazer.
Na manhã seguinte, manchinha já não abria mais os
olhos, apenas respirava lentamente. Zé da Bisnaga pegou Manchinha e pôs em seu
colo, cautelosamente abriu-lhe a sua boca, examinou tudo cuidadosamente até que
encontrou a raiz de todo mal. A língua de sua pequena ovelha não era livre, por
motivos desconhecidos estava presa na sua parte inferior. Era como se tivesse
fortemente colada por alguma coisa esquisita.
Figura 4
Examinando com mais profundidade descobriu o que
prendia a língua da ovelha. Compreendeu que aquela condição impedia Manchinha
de se alimentar, a solução seria uma pequena cirurgia para salvar a vida da
amada de seu pastor. Imediatamente Zé da Bisnaga tratou de ali mesmo tomar uma
faca e cortar uma fina membrana que prendia a língua de sua ovelha. Manchinha
gemeu muito durante o momento em que seu pastor cortava a membrana que tanto
mal lhe causava.
O ferimento foi logo protegido por medicamentos
adequados. Zé da bisnaga chamou seus trabalhadores para que fossem até o
armazém buscar leite, bálsamo, vinho e um agasalho especial. Era preciso
alimentar Manchinha cuidadosamente, pois seu estado ainda exigia cuidados
especiais.
Figura 5
Uma semana depois era possível observar que
manchinha se recuperava espantosamente. O resultado mostrava que a cirurgia
tinha sido um sucesso. Sessenta dias depois a bela ovelha era outra; dava
cambalhotas e expressava uma saúde forte e exuberante. Foi uma atitude sábia e
corajosa de Zé bisnaga que, depois de ter consultado a Deus sobre a sua ovelha
a salvou da morte. Um simples e pequeno detalhe era o nó que sufocava a vida de
manchinha.
Figura 6
Um ano depois destas coisas, deitado em sua rede,
vendo as estrelas no céu e ouvindo o barulho dos animais, Zé da Bisnaga
refletia sobre aquela experiência que vivera no vale da Sombra da Morte, as
horas escuras e difíceis nos dias de angustia de sua ovelha e de seu coração.
Nesse momento levantou-se de sua rede, dobrou os joelhos no chão e orou outra
vez: Obrigado pelas respostas as minhas orações! Obrigado porque o Senhor está
comigo no vale da sombra e da morte! Meu amado Pastor!
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